Hipertireidismo Apático
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Hipertireidismo Apático
Tentei encontrar artigos recentes no Pubmed, mas a maioria não está liberada o artigo inteiro, usei como descritor "Apathetic Hypertyroidism".
Descrição:a tireotoxicose apática é uma manifestação incomum, mas não rara, de hipertireoidismo. Nesta condição as principais características são apatia e depressão em contraste com a excitabilidade e hipercinesia do hipertiroidismo. Nos pacientes com esta síndrome os sinais e sintomas de hiperatividade da tireóide estão ausentes,retardando o diagnóstico. Embora esses pacientes não demostrem gravidade, a doença está longe de ser suave e pode terminar em crise apática. As principais características associadas são: perda de peso importante, caquexia e fraqueza muscular proximal e distal, ptose palpebral, pele seca, taquicardia leve e muitas vezes insuficiência cardíaca congestiva. Se tireotoxicose apática tem uma forte suspeita clínica, mas os resultados dos testes convencionais de função tireóidea são normais, o médico deve insistir em radioimunoensaio de T3 sérico que confirmará o diagnóstico.
Neste artigo tem a descrição de 3 casos clínicos, segue a transcrição de um deles: Mulher, dona de casa, 59 anos, chega com história de 10 - a 12 semanas de dispnéia aos esforços e depressão. Ela aparentava estar deprimida e letárgica. Ela tinha taquicardia sinusal, com uma frequência de pulso de 130 bpm. A pressão arterial foi 140/75 mmHg. Além da insuficiência cardíaca congestiva suave e pele seca, os achados do exame físico estavam dentro dos limites normais. O nível sérico de T4 foi de 28 microg/dl e a captação de resina T3 45%. Ela foi transferida para o serviço de endocrinologia. O marido descreveu uma história de 18 semanas de depressão, irritabilidade, esquecimento, falta de interesse e letargia. Ela tinha se tornado praticamente acamada por causa de fadiga e fraqueza.
Sem história pregressa ou familiar de doença mental. Negava intolerância ao calor, sudorese, alteração do hábito intestinal ou outros sintomas sugestivos de tireotoxicose. Ela tinha a pele seca, ptose bilateral, sinais de insuficiência cardíaca e fraqueza e atrofia dos músculos do ombro e cintura pélvica e os músculos da mão atrofiados. Captação de iodo radioativo foi consistente com hipertireoidismo. O nível de TSH sérico não foi afetado pela administração de TRH, sugerindo hipertireoidismo. Não houve melhora subjetiva até 24 horas após a administração de TRH. Ela foi tratada com 6 mCi de iodeto de sódio e, subsequentemente, Carbimazole 45 mg por dia em doses divididas. Considerada eutireóidea seis semanas após o início do tratamento, não se apresentava mais com fraqueza apática ou deprimida e seu desempenho muscular melhorou consideravelmente.
Bibliografia: Apathetic thyrotoxicosis - B. M. Arnold,* m.b., G. Casal,f m.d. and H. P. Higgins,t m.d., f.r.c.p.[c], Toronto. CMA JOURNAL/Novembro, 1974/VOL. 111.
Observação: apesar de ser antigo, não consegui outro texto completo mais recente que mostrasse alguma mudança no conhecimento da doença. Vou tentar procurar melhor e qualquer alteração coloco nos comentários.
Descrição:a tireotoxicose apática é uma manifestação incomum, mas não rara, de hipertireoidismo. Nesta condição as principais características são apatia e depressão em contraste com a excitabilidade e hipercinesia do hipertiroidismo. Nos pacientes com esta síndrome os sinais e sintomas de hiperatividade da tireóide estão ausentes,retardando o diagnóstico. Embora esses pacientes não demostrem gravidade, a doença está longe de ser suave e pode terminar em crise apática. As principais características associadas são: perda de peso importante, caquexia e fraqueza muscular proximal e distal, ptose palpebral, pele seca, taquicardia leve e muitas vezes insuficiência cardíaca congestiva. Se tireotoxicose apática tem uma forte suspeita clínica, mas os resultados dos testes convencionais de função tireóidea são normais, o médico deve insistir em radioimunoensaio de T3 sérico que confirmará o diagnóstico.
Neste artigo tem a descrição de 3 casos clínicos, segue a transcrição de um deles: Mulher, dona de casa, 59 anos, chega com história de 10 - a 12 semanas de dispnéia aos esforços e depressão. Ela aparentava estar deprimida e letárgica. Ela tinha taquicardia sinusal, com uma frequência de pulso de 130 bpm. A pressão arterial foi 140/75 mmHg. Além da insuficiência cardíaca congestiva suave e pele seca, os achados do exame físico estavam dentro dos limites normais. O nível sérico de T4 foi de 28 microg/dl e a captação de resina T3 45%. Ela foi transferida para o serviço de endocrinologia. O marido descreveu uma história de 18 semanas de depressão, irritabilidade, esquecimento, falta de interesse e letargia. Ela tinha se tornado praticamente acamada por causa de fadiga e fraqueza.
Sem história pregressa ou familiar de doença mental. Negava intolerância ao calor, sudorese, alteração do hábito intestinal ou outros sintomas sugestivos de tireotoxicose. Ela tinha a pele seca, ptose bilateral, sinais de insuficiência cardíaca e fraqueza e atrofia dos músculos do ombro e cintura pélvica e os músculos da mão atrofiados. Captação de iodo radioativo foi consistente com hipertireoidismo. O nível de TSH sérico não foi afetado pela administração de TRH, sugerindo hipertireoidismo. Não houve melhora subjetiva até 24 horas após a administração de TRH. Ela foi tratada com 6 mCi de iodeto de sódio e, subsequentemente, Carbimazole 45 mg por dia em doses divididas. Considerada eutireóidea seis semanas após o início do tratamento, não se apresentava mais com fraqueza apática ou deprimida e seu desempenho muscular melhorou consideravelmente.
Observação: apesar de ser antigo, não consegui outro texto completo mais recente que mostrasse alguma mudança no conhecimento da doença. Vou tentar procurar melhor e qualquer alteração coloco nos comentários.
Ana Cláudia Donatelli- Mensagens : 3
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