Hipertireoidismo - Doença de Graves
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Hipertireoidismo - Doença de Graves
Doença de Graves: constitui a forma mais comum de hipertireoidismo (60%-80%), afetando principalmente as mulheres (5-10:1) entre 40-60 anos. É caracterizada imunologicamente
por infiltração linfocitária da glândula tireoide e por ativação do sistema imune com elevação dos linfócitos T circulantes, aparecimento de auto-anticorpos que se ligam ao receptor do TSH (TRAb) e que estimulam o crescimento e a função glandular.
Do ponto de vista clínico, o hipertireoidismo da Doença de Graves caracteriza-se por aumento difuso e hiperatividade da glândula tireoide, associada ou não a oftalmopatia infiltrativa e,
mais raramente, ao mixedema localizado.
Os hormônios tireoidianos têm ação cardioestimuladora, provocando aumento da frequência
cardíaca, pressão arterial sistólica (1/3 dos casos) e da massa e contração ventricular esquerda
(12,13). O excesso de hormônios tireoidianos pode levar ao desenvolvimento de complicações graves como insuficiência cardíaca congestiva, cardiomiopatia e arritmias, principalmente fibrilação atrial. Também está associado ao aumento da reabsorção óssea, elevação da excreção de cálcio e fósforo na urina e fezes, com consequente diminuição na densidade mineral óssea e risco de fraturas em mulheres idosas.
por infiltração linfocitária da glândula tireoide e por ativação do sistema imune com elevação dos linfócitos T circulantes, aparecimento de auto-anticorpos que se ligam ao receptor do TSH (TRAb) e que estimulam o crescimento e a função glandular.
Do ponto de vista clínico, o hipertireoidismo da Doença de Graves caracteriza-se por aumento difuso e hiperatividade da glândula tireoide, associada ou não a oftalmopatia infiltrativa e,
mais raramente, ao mixedema localizado.
Os hormônios tireoidianos têm ação cardioestimuladora, provocando aumento da frequência
cardíaca, pressão arterial sistólica (1/3 dos casos) e da massa e contração ventricular esquerda
(12,13). O excesso de hormônios tireoidianos pode levar ao desenvolvimento de complicações graves como insuficiência cardíaca congestiva, cardiomiopatia e arritmias, principalmente fibrilação atrial. Também está associado ao aumento da reabsorção óssea, elevação da excreção de cálcio e fósforo na urina e fezes, com consequente diminuição na densidade mineral óssea e risco de fraturas em mulheres idosas.
Vânia A. Andrade; Jorge L. Gross; Ana Luiza Maia -Tratamento do Hipertireoidismo da Doença de Graves. Arq Bras Endocrinol Metab vol 45 nº 6 Dezembro 2001.
Sinais de Hiperfunção Tireoidiana:
- queixas gerais: hipersensibilidade ao calor, aumento da sudorese corporal, perda de peso.
- SNC: nervosismo, irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, choro fácil e hiperexcitabilidade (taquilalia), hiperreflexia (aquileu é melhor indicador).
-ACV: taquicardia, palpitações e dispneia de esforço. É frequente o encontro de ritmo irregular causado por fibrilação atrial e de sopro sistólico na área pulmonar.
- SD: aumento da motilidade intestinal, ou melhora da função intestinal em pacientes anteriormente constipados.
- SReprodutor: alterações menstruais (aumento da velocidade de metabolização dos esteroides ou à degradação de proteínas transportadoras dos hormônios sexuais) como oligomenorréia, amenorreia ou polimenorréia. Perda de libido e impotência nos homens.
- SMusculoesquelético: fraqueza muscular.
- SOculares: exoftalmia, lacrimejamento, fotofobia, sensação de areia nos olhos, dor retroocular, edema subpalpebral e diplopia.
- Pele e fâneros: pele fina, sedosa, úmida e quente, onicólise (unhas de Plummer), cabelo fino e liso.
Celmo C. Porto – Semiologia Médica. Guanabara Koogan, 6ª Edição, Rio de Janeiro, 2009.
Pesquisa laboratorial:
TSH: valor de referência [VR] = 0,3 a 5,0 μUI/ml, realizado por quimioluminescência.
Tiroxina livre: VR de 0,75 a 1,8 ng/ml, realizado por quimioluminescência.
TRab: agora realizado por eletroquimioluminescência com VR = até 1,75 UI/L.
João Miguel de Almeida Silva; et al - Doença de Graves e deficiência de IgA como manifestações da síndrome de deleção 22q11.2 - Arq Bras Endocrinol Metab vol.54 no.6 São Paulo Aug. 2010.
Ana Cláudia Donatelli- Mensagens : 3
Data de inscrição : 10/03/2012
Idade : 34
Re: Hipertireoidismo - Doença de Graves
Gente, estava com dificuldade em achar os valores de referencia...nas diretrizes de 2006 tem:
TSH ultra-sensível (sensibilidade < 0,02 mIU/L, com valores encontrados usualmente abaixo de 0,01mIU/L)
e os demais nao tem os valores descritos, se alguem achar, estava querendo conferir principalmente o TRab.
Obrigada,
Aninha.
TSH ultra-sensível (sensibilidade < 0,02 mIU/L, com valores encontrados usualmente abaixo de 0,01mIU/L)
e os demais nao tem os valores descritos, se alguem achar, estava querendo conferir principalmente o TRab.
Obrigada,
Aninha.
Ana Cláudia Donatelli- Mensagens : 3
Data de inscrição : 10/03/2012
Idade : 34
mais algumas informações
Ana, legal o seu post. Na mesma diretriz que vc mencionou existe uma outras partes muito interessantes para a abordagem do hipert. Especialmente a de rastreio (lembra que conversávamos sobre exames de rastreio nas nossas aulas?) e as outras doenças que cursam com hipertireoidismo.
Att,
Rodrigo
Att,
Rodrigo
Rodrigo Pastor- Mensagens : 41
Data de inscrição : 30/08/2011
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