Medicina Geral de Adultos I
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Tinea corporis x Pitiríase rosea

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Tinea corporis x Pitiríase rosea  Empty Tinea corporis x Pitiríase rosea

Mensagem  leticia gomes barcelos Seg Abr 09, 2012 11:14 am

DERMATOFITOSES (Medicina Ambulatorial – Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidência)
Micoses superficiais provocadas por fungos dermatófitos dos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. São parasitas que utilizam a queratina morta como fonte de subsistência na pele, nos pelos e nas unhas, mas que não ocorrem nas mucosas.
As lesões podem ocorrer devido à presença do fungo, bem como pela reação de sensibilidade específica ao agente causal ou a seus metabólitos (dermatofítides). A transmissão pode ser por contato direto ou indireto com materiais contaminados.
Característica comum às tinhas é a evolução centrífuga de suas lesões, onde a borda é mais ativa, apresentando-se com padrão inflamatório, com vesículas escoriadas sob base eritematosa e discreto relevo, contendo muitas hifas
TINHA DO CORPO
Lesões que acometem face, tronco, além de membros superiores e inferiores, com variação do tamanho e grau de inflamação. Apresentam-se como vesículas ou pápulas eritematosas que crescem centrifugamente, levando a placas eritemoescamosas com centro tendendo a cura e bordas mais ativas. O prurido está presente na maioria dos casos.
TRATAMENTO
Pode variar desde cremes ou loções para aplicação tópica até fármacos por via oral. Formas extensas ou refratárias aos tratamentos convencionais, frequentes em pacientes imunodeprimidos, requerem abordagem especializada e fármacos de uso parenteral. Nas dermatofitoses da pele glaba, o tratamento local deve ser realizado, no mínimo pelo período igual a duas vezes o necessário para o turn over do local comprometido. O uso da clássica fórmula da solução álcool-iodada é, ainda hoje, uma opção eficaz e barata. Derivados azólicos, contudo, são apresentados em emulsões, suspensões ou soluções para aplicação tópica uma a duas vezes ao dia.
Tratamento sistêmico em adultos: Griseofulvina nas doses recém descritas, entretanto efeitos adversos como dores abdominais, náuseas, vômitos, fotossensibilidade, urticária e eritema multiforme, limita o seu uso. Tratamentos com itraconazol (100mg/dia durante um a dois meses ou em pulsos de 400 mg/dia, sete dias por mês durante uma a dois meses) ou terbinafina (250 mg/dia durante um a dois meses) são mais seguros e eficazes.

PITIRÍASE RÓSEA (An. Bras. Dermatol. vol.83 no.5 Rio de Janeiro Sept./Oct. 2008)
A hipótese infecciosa, possivelmente viral, é considerada por muitos autores a mais plausível. Igualmente admissível é a hipótese de causa multifatorial, induzida por antígenos infecciosos ou não infecciosos (drogas), tendo como suporte a susceptibilidade genética e provável auto-imunidade.14-19
QUADRO CLÍNICO
A lesão clínica inicial ou precursora é conhecida por “medalhão” ou “placa mãe”.54 Essa lesão ocorre em 50% a 94% dos casos como placa única, solitária, eritêmato-escamosa, de crescimento centrífugo, de forma arredondada ou ovalada, medindo de dois a 10cm de diâmetro. O centro da lesão tem aparência mais clara, e a borda externa é mais rósea e exibe delicado colarete periférico de escamas finas. A lesão da placa mãe geralmente precede em média sete a 14 dias o aparecimento das lesões secundárias.
A fase inicial e a erupção secundária compreende evolução total média de oito semanas, podendo se estender até 12 semanas. Entretanto, existem casos mais crônicos, de até seis meses de evolução, e casos recorrentes, que cursam com até cinco anos de duração.1,15,21. Alguns casos podem determinar hipercromia ou hipocromia residual transitória pós-inflamatória.2,21
Prurido é sintoma relativamente comum na PR, mas em regra é de pouca intensidade, embora tenha sido descrito como grave em 25% dos casos.1
DIAGNÓSTICO
A solicitação de reações sorológicas não treponêmicas, VDRL ou RPR é indispensável para diagnóstico diferencial com a sífilis secundária.
Em alguns casos, exame micológico direto e cultura podem ser necessários para afastar o diagnóstico de dermatofitose, sobretudo naqueles que apresentam exclusivamente a placa mãe ou na PR de grandes placas.1
TRATAMENTO
Por ser doença de evolução autolimitada, na maioria dos pacientes a PR tem seus sintomas abrandados apenas com terapêutica tópica. O prurido pode ser aliviado com corticóide tópico, loções tópicas com mentol ou calamina. Anti-histamínico oral está indicado para os casos com prurido mais intenso. Seu uso não interfere no curso evolutivo da doença. Em casos mais graves de PR, têm sido utilizados radiação ultravioleta (UV), corticóide sistêmico e eritromicina oral.


leticia gomes barcelos

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