Manejo do paciente com Urticária Crônica
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Manejo do paciente com Urticária Crônica
Caracterizada por duração maior que seis semanas, com episódios de recorrência igual ou superior a quatro vezes por semana.
Avaliação inicial:
Obter história clínica detalhada de exposição às drogas e suplementos vitamínicos; exposição alimentar; processos infecciosos do tipo vírus respiratórios ou hepatites virais; doenças autoimunes, como doenças difusas do conectivo e tireoidopatias; contato com alérgenos ou irritantes. Proceder exame físico completo da pele, linfonodos, articulações, orofaringe, pulmões e abdome. Suspender os alimentos suspeitos e as medicações suspeitas consideradas como não essenciais. Excluir urticária vasculite: Lesões individualmente persistentes por períodos maiores que 48 a 72 horas, com sintomas de prurido, ardor ou dor, cuja diascopia (compressão da pele com lâmina de vidro) revela um componente de púrpura no local, com o esmaecimento do eritema de base. Caso esteja presente, proceder à biópsia cutânea incisional, e solicitar dosagem do complemento, VHS e hemograma. Excluir as urticárias físicas, a saber: dermografismo, urticárias colinérgicas, por pressão, calor, aqüagênica e solar, através de testes específicos; urocultura, VHS e, nos casos de mulheres com história de tireoidopatia familiar ou pessoal, solicitar os auto-anticorpos contra a tireóide antiperoxidase e antitireoglobulina. Conduzir a investigação diagnóstica com exames pertinentes à queixa ou sinal no exame físico encontrados na avaliação inicial, como exemplo, na dispepsia avaliar infecção pelo Helicobacter pylori. Iniciar anti-histamínico de segunda geração por um período não inferior a trinta dias.
Avaliações subseqüentes:
Após um mês da avaliação inicial:
Melhora dos sintomas: retirar o antihistminíco progressivamente, diminuindo a dose a cada semana. Caso haja resolução do quadro, encerrar acompanhamento após três meses.
Caso não haja melhora, proceder os seguintes passos:Dieta restrita composta de frango, carneiro, arroz, maçã ou pêra cozida, brócolis ou couve-flor, alface, água, açúcar, sal, alho e óleo. Evitar corantes, conservantes, alimento liberador de histamina ou que contenha tiramina; Trocar anti-histamínico de segunda geração pelo de primeira geração, na menor dose que controlar os sintomas do paciente.
Reavaliar o paciente após 4 a 6 semanas:
Se melhorar com a dieta, e uma vez retirado o anti-histamínico, a reintrodução deverá ser realizada com um tipo de alimento a cada 3 dias. Se durante a reintrodução ocorrer a volta dos sintomas, proceder com a orientação de urticária alimentar. Se não houver retorno dos sintomas, liberar a dieta e acompanhar por 3 meses. Se o paciente permanecer assintomático, encerrar o acompanhamento; Se não houver melhora com o antihistamínico ou com a retirada do mesmo, avaliar a presença de urticária auto-imune por teste cutâneo
com auto-soro. Se o teste for positivo solicitar pesquisa de auto-imunidade com anticorpos antinucleares, fator reumatóide, anticorpos antitireóide, eletroforese de proteínas e anticorpo anticardiolipina, em casos excepcionais; Avaliar o uso de associação de anti-histamínico clássico com outro não clássico.
Reavaliar o paciente após 4 a 6 semanas:
Se controlado os sintomas e exames inalterados, iniciar retirada do anti-histamínico como descrito anteriormente; Se exames alterados, tratar como urticária auto-imune, avaliando o uso de corticosteróide ou ciclosporina, em casos excepcionais.
Se não houver controle dos sintomas ou houver reaparecimento das lesões após a retirada do anti-histamínico:
Biópsia cutânea, se não realizada, para afastar vasculite e mastocitose; Se não houver controle dos sintomas, avaliar introdução de doxepina: dose habitual, 10 a 25 mg à noite, via oral (antidepressivo tricíclico) ou anti-H2 ou corticosteróides; Urticária crônica Idiopática: manter anti-histamínicos e outras drogas na menor dose que mantenha o controle dos sintomas do paciente. Os acompanhamentos periódicos devem rever a história e realizar exame físico completo.
http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/107.pdf
[/justify]Avaliação inicial:
Obter história clínica detalhada de exposição às drogas e suplementos vitamínicos; exposição alimentar; processos infecciosos do tipo vírus respiratórios ou hepatites virais; doenças autoimunes, como doenças difusas do conectivo e tireoidopatias; contato com alérgenos ou irritantes. Proceder exame físico completo da pele, linfonodos, articulações, orofaringe, pulmões e abdome. Suspender os alimentos suspeitos e as medicações suspeitas consideradas como não essenciais. Excluir urticária vasculite: Lesões individualmente persistentes por períodos maiores que 48 a 72 horas, com sintomas de prurido, ardor ou dor, cuja diascopia (compressão da pele com lâmina de vidro) revela um componente de púrpura no local, com o esmaecimento do eritema de base. Caso esteja presente, proceder à biópsia cutânea incisional, e solicitar dosagem do complemento, VHS e hemograma. Excluir as urticárias físicas, a saber: dermografismo, urticárias colinérgicas, por pressão, calor, aqüagênica e solar, através de testes específicos; urocultura, VHS e, nos casos de mulheres com história de tireoidopatia familiar ou pessoal, solicitar os auto-anticorpos contra a tireóide antiperoxidase e antitireoglobulina. Conduzir a investigação diagnóstica com exames pertinentes à queixa ou sinal no exame físico encontrados na avaliação inicial, como exemplo, na dispepsia avaliar infecção pelo Helicobacter pylori. Iniciar anti-histamínico de segunda geração por um período não inferior a trinta dias.
Avaliações subseqüentes:
Após um mês da avaliação inicial:
Melhora dos sintomas: retirar o antihistminíco progressivamente, diminuindo a dose a cada semana. Caso haja resolução do quadro, encerrar acompanhamento após três meses.
Caso não haja melhora, proceder os seguintes passos:Dieta restrita composta de frango, carneiro, arroz, maçã ou pêra cozida, brócolis ou couve-flor, alface, água, açúcar, sal, alho e óleo. Evitar corantes, conservantes, alimento liberador de histamina ou que contenha tiramina; Trocar anti-histamínico de segunda geração pelo de primeira geração, na menor dose que controlar os sintomas do paciente.
Reavaliar o paciente após 4 a 6 semanas:
Se melhorar com a dieta, e uma vez retirado o anti-histamínico, a reintrodução deverá ser realizada com um tipo de alimento a cada 3 dias. Se durante a reintrodução ocorrer a volta dos sintomas, proceder com a orientação de urticária alimentar. Se não houver retorno dos sintomas, liberar a dieta e acompanhar por 3 meses. Se o paciente permanecer assintomático, encerrar o acompanhamento; Se não houver melhora com o antihistamínico ou com a retirada do mesmo, avaliar a presença de urticária auto-imune por teste cutâneo
com auto-soro. Se o teste for positivo solicitar pesquisa de auto-imunidade com anticorpos antinucleares, fator reumatóide, anticorpos antitireóide, eletroforese de proteínas e anticorpo anticardiolipina, em casos excepcionais; Avaliar o uso de associação de anti-histamínico clássico com outro não clássico.
Reavaliar o paciente após 4 a 6 semanas:
Se controlado os sintomas e exames inalterados, iniciar retirada do anti-histamínico como descrito anteriormente; Se exames alterados, tratar como urticária auto-imune, avaliando o uso de corticosteróide ou ciclosporina, em casos excepcionais.
Se não houver controle dos sintomas ou houver reaparecimento das lesões após a retirada do anti-histamínico:
Biópsia cutânea, se não realizada, para afastar vasculite e mastocitose; Se não houver controle dos sintomas, avaliar introdução de doxepina: dose habitual, 10 a 25 mg à noite, via oral (antidepressivo tricíclico) ou anti-H2 ou corticosteróides; Urticária crônica Idiopática: manter anti-histamínicos e outras drogas na menor dose que mantenha o controle dos sintomas do paciente. Os acompanhamentos periódicos devem rever a história e realizar exame físico completo.
http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/107.pdf
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leticia gomes barcelos- Mensagens : 5
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